Quem diz que bebidas
alcoólicas só tem calorias vazias é porque não sentiu ainda os efeitos no
corpo: sais minerais e polifenóis se destacam. Potentes antioxidantes, os
polifenóis são compostos fenólicos formados por moléculas que, além de serem
encontradas nessas bebidas alcoólicas, também estão presentes, por exemplo, nas
frutas, cereais integrais, chás, café e cacau.
E como eles funcionam no corpo humano? “Sequestrando” os
radicais livres, que são moléculas responsáveis pelo envelhecimento das células
e outros danos ao organismo, como o câncer. Os antioxidantes agem, portanto,
como antibiótico, antialérgico e anti-inflamatório.
Patricia Chagas, nutricionista e professora na Pós-Graduação em
Gerontologia da Universidade Federal de Santa Maria, diz que a dose adequada
para mulheres é de, no máximo, 15g e para homens de 30g de etanol diariamente.
Isso equivale a cerca de uma lata de cerveja para mulheres e duas para homens.
O vinho é de 120ml para elas e 240ml para eles.
– Beber diariamente não é um problema. Pode, inclusive, mudar o
estado da saúde das pessoas na terceira idade. A questão é o excesso. Quem bebe
até essa quantidade chamada de moderada reduz a carga aterosclerosica na aorta,
diminui os riscos de AVC, aumenta o colesterol bom, melhora a viscosidade do
sangue e aumenta a vasodilatação.
Isso significa dizer que protege o coração e o cérebro e melhora
o fluxo sanguíneo. Já quem passa dessa dose perde todos os benefícios e, ainda,
tem o risco de morte aumentado, ganha mais peso e pode sofrer com hipertensão.
A regra, lembra Patricia, é diária. A lei da compensação não funciona com o
álcool.
que o vinho e a cerveja
podem trazer para o organismo:
1.
Coração feliz
Um estudo da Universidade da Flórida (UFA), nos Estados Unidos, mostrou que as
propriedades anti-inflamatórias que o consumo moderado de álcool protegem o
coração de diversas doenças. Foram analisados 2487 voluntários com idades entre
70 e 79 anos. Divididos em dois grupos, uma parte consumiu bebidas alcoólicas
regularmente nas doses determinadas para homens e mulheres. Cinco anos depois,
os resultados foram: quem colocou a bebida na rotina tinha 26% menos chances de
morrer e probabilidade quase 30% menor de sofrer um ataque do coração em
comparação com o grupo que não bebeu.
– Reduzir 30% as possibilidades de problemas cardíacos pode ter
um grande impacto na saúde pública uma vez que as doenças cardiovasculares são
responsáveis pela maior parte das mortes de idosos em todos o mundo –
afirmou Cinzia Maraldi, do Departamento de Pesquisa Geriátrica da UFA.
2.
Memória em dia
Pesquisadores das Universidades de Kentucky e Maryland, nos Estados Unidos,
focou no cérebro do idosos e descobriu que uma taça de vinho por dia melhora as
funções cognitivas de quem passou dos 70 anos. Das 619 pessoas que participaram
do estudo, 80% melhoraram o estado da saúde depois que passaram a beber
pequenas doses de vinho por dia. Os entrevistados demonstraram mais facilidade
para aprender algo novo e memorizar o que aprenderam. Os abstêmios tiveram
resultados problemáticos em relação ao declínio da função cerebral.
3.
Menopausa mais tranquila
Uma taça de vinho tinto pode aumentar a produção de estrógeno no sangue mesmo
durante a menopausa, segundo um estudo feito na Universidade de Oregon, nos
Estados Unidos. O vinho é um dos alimentos que mais possui polinefóis,
reconhecido com um fito-estrógeno que age atenuando os sintomas dessa fase.
4.
Ossos fortes
Mulheres que tem o hábito de beber socialmente, não ultrapassando a dose
indicada por dia, perdem menos massa óssea. Foi o que um estudo publicado no
British Journal of Cancer feito com 7598 mulheres com mais de 75 anos mostrou.
Aquelas que bebiam junto ao almoço ou jantar tiveram a arquitetura dos ossos
reforçadas e estavam mais protegidas da osteoporose.
(Fonte: Zero Hora)
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